O uso de chumbo é comum na manufatura de baterias, latão e bronze, radiadores, soldas, cabos, tintas, corantes, cerâmicas entre outros. A intoxicação por chumbo é chamada de saturnismo e pode levar a alterações neurológicas, hematológicas, renais, cardíacas e até mesmo reprodutivas. Sabendo que trabalhadores expostos a este elemento apresentam maior chance de intoxicação.
Os pesquisadores compararam os níveis sanguíneos desses trabalhadores com os níveis de outros 53 indivíduos não expostos a agentes químicos e físicos, apresentaram valores de chumbo sérico acima de 60 µg/dL. Já no grupo controle, apresentaram valores abaixo de 40 µg/dL de chumbo sérico. Vale ressaltar que somente 20,8% dos trabalhadores expostos ao metal tinham até 40 µg/dL de chumbo sérico no sangue.
Ao comprar a hemoglobina nos dois grupos, os autores verificaram valores abaixo de 13g/dL em apenas 7,5% dos participantes do grupo controle e em 34% dos trabalhadores expostos ao chumbo. Com isso, os pesquisadores entendem que níveis elevados de chumbo estão relacionados com valores de hemoglobina abaixo dos índices de referência.
Os resultados encontrados se devem à exposição dos indivíduos ao ambiente contaminado pelo chumbo, mas também a hábitos desses trabalhadores, como a falta de higiene do local que potencializa os ricos de intoxicação. Os pesquisadores explicam que fazer refeições e fumar nas áreas contaminadas aumenta a ingestão do metal. Além disso, os pesquisadores ressaltam que o uso de equipamentos de proteção individual (EPI) e o cuidado com a própria higiene, como lavar as mãos, o rosto e os cabelos ao final da jornada, são fundamentais, pois contribuem para uma menor absorção do chumbo.
Fonte: Saúde em Movimento/Notícia
Publicado em: 02/10/2010
Luana Taynara Souza Ferreira
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