quinta-feira, 11 de novembro de 2010

ESTUDO ASSOCIA MUTAÇÃO GÊNICA EM MULHERES À FISSURA LABIAL EM BEBÊS







Uma mutação gênica em mulheres descoberta por pesquisadores da Faculdade de Odontologia de Piracicaba (FOP) está relacionada ao risco de nascimento de bebês com fissura labial eou palatina, uma das deformidades faciais mais comuns em todo mundo. As pesquisas, desenvolvidas em colaboração com o Centro de Reabilitação de Anomalias Craniofaciais da Universidade de Alfenas (Unifenas), abrem novos estudos em torno da malformação congênita, conhecida popularmente como lábio leporino ou goela de lobo. Segundo a autora da pesquisa, a cirurgiã-dentista Andréia Bufalino, no Sul de Minas Gerais, por exemplo, para cada mil crianças nascidas vivas, 1,46 nascem com algum tipo de fissura. No entanto, esta prevalência é variável em outras cidades do mundo.
Um estudo realizado pelo professor Ricardo Della Coletta, consistiu na realização de testes de DNA em um total de quase 300 mães, tanto aquelas com crianças portadoras de algum tipo de fissura, quanto aquelas cujos filhos não apresentavam a má formação. Como resultado, as análises demonstraram que a presença do polimorfismo (ou mutação) no gene MTHFR aumenta em aproximadamente seis vezes o risco de nascimento de uma criança com fissura labial ou palatina. Este fator genético específico, explica Andréia, nunca havia sido exclusivamente associado ao problema até então. Por isso, a importância de futuros estudos que avaliem o envolvimento destes genes na população brasileira, uma vez que são poucas as pesquisas no país que avaliam polimorfismos como fator de risco materno para fissura labial ou palatina.


Aluna: Luana Taynara Soua Ferreira
Movimento em Saúde.com.br
Texto: Raquel do Carmo Santos

Fonte: Jornal da Unicamp
Publicado em: 30/04/2010

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